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Haddad lidera em SP com 38%, seguido por Tarcísio (16%) e Rodrigo (11%), aponta Datafolha

O ex-prefeito Fernando Haddad (PT) está à frente na eleição para o Governo de São Paulo com 38% das intenções de votos, segundo o Datafolha.

Em seguida, aparecem o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 16%, e o atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB), com 11%.

Atrás deles estão Carol Vigliar (UP, 2%), Gabriel Colombo (PCB, 2%), Elvis Cezar (PDT, 1%), Vinicius Poit (Novo, 1%), Altino (PSTU, 1%) e Edson Dorta (PCO, 1%). Antonio Jorge (DC) não foi incluído na pesquisa por ter registrado sua candidatura após o registro da pesquisa.

Brancos e nulos somam 17% e os indecisos, 11%.

A pesquisa Datafolha, contratada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, ouviu 1.812 pessoas em 72 cidades do estado de terça (16) a quinta-feira (18). A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número SP-02170/2022.

Em 30 de junho, no levantamento anterior, Haddad tinha 34% e Tarcísio e Rodrigo estavam empatados, ambos com 13%. Os brancos e nulos eram 20%, e outros 9% declararam não saber em quem votar.

Mas o cenário era diferente, com outros pré-candidatos, e as pesquisas não são diretamente comparáveis.

Na pesquisa espontânea, Haddad marca 13%, Tarcísio chega a 8% e Rodrigo tem 3%. O contingente de eleitores que declara não saber em quem votar na pesquisa espontânea é de 57% —eram 72% na última pesquisa, no fim de junho.

Os números mostram que o cenário de segundo turno está indefinido, o que tem levado Tarcísio e Rodrigo a uma disputa paralela por uma vaga na segunda etapa da votação.

Haddad tem o ex-presidente Lula (PT) como padrinho, enquanto Tarcísio é o candidato de Jair Bolsonaro (PL) em São Paulo. Ambos tentam replicar no estado a polarização nacional –o Datafolha mostra que, entre os paulistas, o petista lidera com 44% contra 31% do presidente.

Já Rodrigo, que esconde o padrinho João Doria (PSDB) e tem se apoiado sobretudo no legado de Mário Covas (PSDB), busca evitar a nacionalização da campanha paulista e afirma ser contra a briga ideológica.

Num eventual segundo turno entre Haddad e Tarcísio, o petista vence o bolsonarista por 53% a 31%.

Haddad marca 51% e Rodrigo 32% num eventual segundo turno entre o petista e o tucano.

O candidato mais rejeitado em São Paulo é Haddad —30% dizem que não votariam no petista. Em seguida aparecem Tarcísio (22%), Altino (21%), Gabriel (20%), Rodrigo (20%), Edson (19%), Elvis (19%), Poit (17%) e Carol (17%).

Os que rejeitam todos são 8%, enquanto 5% não rejeitam nenhum e 13% não sabem.

Haddad, que é o candidato mais rejeitado, também é o mais conhecido —o único que é conhecido por mais da metade da população. As taxas de conhecimento e de rejeição costumam ter relação.

A pesquisa mostra que o nível de conhecimento dos candidatos pelo eleitor paulista é de 89% para Haddad, 35% para Tarcísio e Rodrigo, 10% para Poit e Gabriel, 8% para Edson e Altino, 6% para Elvis e Carol.

O Datafolha mediu ainda a avaliação do governo Rodrigo Garcia, que assumiu o Palácio dos Bandeirantes em abril, após a renúncia de Doria. A gestão é aprovada por 22%, reprovada por 17% e considerada regular por 45%. Outros 15% não sabem.

No fim de junho, 24% consideravam o governo ótimo ou bom, 15% opinavam ser ruim ou péssimo, 47% declaravam regular e 14% não sabiam.

Como candidato, Rodrigo tem tentado conquistar o eleitor bolsonarista, fazendo acenos à direita com um discurso duro em relação à segurança pública. Na condição de governador, intensificou operações policiais e entregou novas pistolas à tropa.

O tucano também anunciou uma série de medidas populares às vésperas da eleição. Entre o final de maio e o início de julho, ele reajustou o benefício do vale-gás, reduziu a alíquota do ICMS sobre a gasolina e o gás de cozinha e congelou o aumento de preços do pedágio —até então previsto para o dia 1º de julho.

A desistência de Doria de concorrer à Presidência da República, anunciada em 23 de maio, facilitou a vida de Rodrigo, que busca se descolar do antecessor, de quem foi vice, para não se contaminar com a rejeição do ex-governador.

O Datafolha fez uma pesquisa para o Senado em São Paulo, mas, devido à inclusão de Paulo Skaf (Republicanos), que não será mais candidato, os resultados não foram aproveitados.

adminn

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