Categories: Política

Equipe de Lula quer frear indicações de Bolsonaro para Judiciário e postos no exterior

A equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tenta frear indicações que o presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado no segundo turno, já enviou ou quer enviar para posições de alta hierarquia no Judiciário e para postos diplomáticos no exterior.

Segundo assessores de Lula, a intenção é evitar que essas indicações sirvam a um projeto político do grupo que vai deixar o governo.

Antes de deixar o cargo em 31 de dezembro, Bolsonaro pode indicar, por exemplo, 16 desembargadores de tribunais regionais federais. Há, ainda, diplomatas com indicações a serem votadas no Senado. O grupo de Lula avalia que o ideal seria travar essas análises até a posse do presidente, em 1º de janeiro.

Algumas das indicações feitas para postos no exterior podem até ser liberadas, mas a ideia é que o futuro ministro das Relações Exteriores faça a análise individual dos indicados antes de manter os nomes. A equipe de transição ainda não indicou quem será o novo chefe do Itamaraty.

Em reta final de mandato, é comum que o presidente de saída aproveite essas indicações para premiar diplomatas que trabalharam com ele durante o governo.

No caso do Judiciário, a avaliação é que aliados do presidente Bolsonaro têm interesse direto nas indicações de desembargadores – seja por questões políticas, seja por processos em tramitação na Justiça.

Por isso, mesmo que o atual presidente da República encaminhe as nomeações, a estratégia é evitar que elas sejam votadas no Senado.

‘Revogaço’
Além dessas nomeações, a equipe do presidente eleito Lula também trabalha para montar um “revogaço” de decretos baixados por Bolsonaro, principalmente na área de armas e ambiental.

O senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), cotado para o ministério de Lula, já antecipou que o novo governo vai revogar os decretos de Bolsonaro que permitiram aumentar a venda de armas no país.

Segundo Flávio Dino, a intenção, inclusive, é recolher armas vendidas neste período para CACs, os colecionadores, atiradores amadores e caçadores. A venda de armas para esses grupos quase quintuplicou durante o mandato de Bolsonaro. Os decretos estão suspensos pelo Supremo Tribunal Federal.

O mesmo trabalho será feito na área ambiental. Durante os trabalhos da transição, já serão feitas as sugestões de revogação de decretos para, como dizem os assessores de Lula, colocar a “boiada” de volta para o curral das regras de preservação do meio ambiente no Brasil.

adminn

Recent Posts

Novembro Azul: Praça Barão e três Unidades Básicas recebem evento neste sábado (23)

Em prol do Novembro Azul, mês de conscientização sobre o câncer de próstata, a Secretaria…

8 horas ago

Homem é preso suspeito de matar e enterrar cinco cachorros em Limeira

A Polícia Militar (PM) prendeu um homem, nesta quinta-feira (21), após ele confessar que matou…

8 horas ago

Novo Pronto Atendimento Municipal do Hospital Mandic será inaugurado na próxima segunda-feira (25)

A Prefeitura de Araras e a São Leopoldo Mandic inauguram na próxima segunda-feira (25, a…

9 horas ago

Prefeito eleito Irineu Maretto anuncia alguns dos novos nomes para o primeiro escalão em 2025

O prefeito eleito Irineu Norival Maretto (PSD) anunciou em suas redes sociais alguns dos novos…

16 horas ago

Está chegando a hora do 13º salário: o que fazer com dinheiro extra?

Novembro um mês marcado por uma expectativa importante para quem trabalha com carteira assinada: é…

17 horas ago

Motorista de caminhão morre carbonizado após batida na Rodovia Anhanguera

Um caminhoneiro de 23 anos morreu carbonizado após bater em outro caminhão, na madrugada desta…

17 horas ago