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Apostas on-line causam perda de R$ 103 bilhões ao varejo brasileiro em 2024, aponta CNC

Em 2024, o varejo brasileiro registrou uma perda de R$ 103 bilhões devido ao desvio de recursos das famílias para as plataformas virtuais de apostas esportivas e cassinos online, conhecidas como “bets”. Esse dado foi revelado em um estudo divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em 16 de janeiro de 2025.

O levantamento da CNC, intitulado “O Panorama das Bets”, baseou-se em informações do Banco Central, indicando que os brasileiros destinaram aproximadamente R$ 240 bilhões às apostas online em 2024. Além do impacto econômico no varejo, o estudo destacou que cerca de 1,8 milhão de brasileiros tornaram-se inadimplentes por comprometerem sua renda com essas apostas.

A CNC expressou preocupação especial com as modalidades de cassino online, como o “Jogo do Tigrinho”, presentes na maioria das plataformas de apostas. Economistas da entidade estimam que pelo menos 80% dos pagamentos dos usuários nessas plataformas estão relacionados a jogos de cassino online, enquanto as apostas esportivas representam uma parcela menor.

A entidade também ressaltou a ausência de regulamentação específica para essas atividades, permitindo que sites de apostas esportivas incorporassem livremente os cassinos online, resultando em um “limbo regulatório”. Essa falta de controle adequado facilitou práticas como lavagem de dinheiro e outras atividades ilícitas, prejudicando a economia formal e desviando recursos que poderiam ser gastos em setores produtivos, como o comércio varejista.

Em resposta a essa situação, o governo federal anunciou medidas para aumentar o controle sobre as bets, incluindo um pente-fino nos sites de apostas e o bloqueio daqueles sem autorização para operar, conforme estabelece a Lei Federal 13.756. Uma lista divulgada recentemente pelo governo reúne 66 empresas autorizadas a operar no Brasil, sendo 14 com licença definitiva e 52 com liberação provisória e pendências a serem sanadas.

A CNC defende a adoção de medidas regulatórias adicionais para prevenir e mitigar os impactos sociais e econômicos das apostas online, como o estabelecimento de limites de apostas, criação de programas de prevenção e tratamento para viciados, campanhas de conscientização pública sobre os riscos associados e exclusão de modalidades propensas a fraudes e clandestinidade. A entidade também reitera sua posição favorável à regulamentação de cassinos físicos, destacando seu potencial de geração de empregos e arrecadação tributária.

Fonte: Agência Brasil

Cesar

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