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Dentista é encontrado morto após brigar com a namorada

O corpo de Alisson Frade, que estava desaparecido desde a madrugada de domingo (20), foi encontrado em Taubaté (SP) no fim da manhã desta quarta-feira (23). O desaparecimento do dentista de 31 anos causou grande mobilização na cidade.

Veja abaixo tudo o que já foi esclarecido:

Quais foram as circunstâncias do desaparecimento?
Quando iniciaram as buscas?
Quais foram as pistas e indícios durante a investigação?
Como funcionou a operação?
Quando o corpo foi encontrado?
Quem o encontrou?
Qual foi o motivo da morte?
O que ainda falta saber?

1. Quais foram as circunstâncias do desaparecimento?
O dentista Allison Frade , de 31 anos, foi visto pela última vez por volta das 0h30 de domingo (20), no quilômetro 2 da rodovia Carvalho Pinto.

A última pessoa que esteve com ele foi a namorada, Paloma Moreira. Ela conta que os dois estavam em um casamento no sábado (19) e foram embora do evento juntos. Por isso, ele estava com roupa social.

Quando estavam voltando para casa, tiveram uma discussão no carro que ela dirigia. Por conta disso, decidiu parar o veículo no acostamento da estrada.

Paloma explica que o namorado estava embriagado e que ela preferiu parar a viagem para o casal conversar, com o objetivo de tranquilizar a situação. Allison, no entanto, não se acalmou, pegou a chave do carro e saiu andando pelo canto da estrada, mas não voltou mais.

Com a demora do retorno dele, Paloma acionou a concessionária responsável pela rodovia e explicou a situação. Os funcionários tentaram procurar Allison ainda na madrugada, mas não o encontraram. Sem chave, o carro foi guinchado.

Com isso, ela foi até a casa dos sogros e contou o que havia acontecido. A família registrou um boletim de ocorrência. A partir disso, a mobilização da polícia começou.

2. Quando iniciaram as buscas?
A mobilização de amigos e parentes foi muito grande. Desde as primeiras horas do desaparecimento de Allison, as pessoas que eram próxima dele começaram a compartilhar informações que pudessem ajudar a chegar ao dentista.

Com a repercussão do caso nas redes sociais, diversos voluntários se disponibilizaram a ajudar na procura. Uma das pessoas que se solidarizou emprestou até drones para fazer imagens aéreas da região onde Allison foi visto pela última vez. O equipamento, no entanto, não conseguiu flagrar nada.

Em relação à polícia, a Secretaria de Segurança Pública confirmou na última segunda-feira (21) que acompanhava o caso e que trabalhava visando a localização do desaparecido e o esclarecimento dos fatos.

3. Quais foram as pistas e indícios durante a investigação?
Embora a polícia acreditasse desde o início que o dentista estava na área onde foi visto pela última vez, a família do rapaz chegou a receber informações de que ele estava na cidade e desconfiava da hipótese até dele ter ido para outra cidade ou região.

Na última terça-feira (22), a namorada dele, Paloma Moreira, contou que uma mulher havia entrado em contato com a família para avisar que viu Allison viu na rodoviária velha de Taubaté às 11h de domingo. As pessoas envolvidas nas buscas até tentaram buscar imagens de câmeras de segurança e outras testemunhas para saber se ele realmente passou por lá.

Depois, outras testemunhas disseram que viram o rapaz próximo ao departamento de odontologia da Unitau, no Centro, onde o dentista se formou. No entanto, isso também acabou não se confirmando.

Outra possibilidade que chegou a ser cogitada foi a dele ter pego carona para São Paulo ou Campos do Jordão, já que o acesso a essas duas regiões ficam bem próximo ao trecho da rodovia Carvalho Pinto onde Allison deixou o carro e saiu andando.

A família também fez buscas em abrigos e hospitais da região, mas Allison não passou por nenhum desses locais.

4. Como funcionou a operação?

Esta quarta-feira (23), data em que o corpo foi encontrado, foi o dia de maior mobilização por parte da polícia. A Polícia Civil usou cães farejadores e contou com a ajuda da Polícia Militar e Polícia Ambiental, além de outros órgãos do setor de segurança do estado, como por exemplo o projeto K9 do GOE (Grupo de Operações Especiais ) de Franco da Rocha.

A área de buscas foi dividida em 3 quadrantes de buscas, e contou também com o apoio dos funcionários das concessionárias responsáveis pela rodovia Carvalho Pinto e Via Dutra. Vários dos locais vistoriados eram de difícil acesso.

5. Quando o corpo foi encontrado?
O corpo de Allison Frade foi encontrado por volta das 11h40, embaixo de um viaduto na altura do quilômetro 118 da rodovia Presidente Dutra, sentido Rio de Janeiro, próximo ao entroncamento com a Carvalho Pinto, onde ele desapareceu.

O local é de difícil acesso, mas as equipes da polícia e a família do dentista conseguiram chegar ao corpo e resgatá-lo.

6. Quem o encontrou?
Allison foi encontrado pelo coletor de lixo José Gilberto dos Santos. Ele trabalha na concessionária que administra a rodovia e encontrou a vítima caída embaixo de um viaduto na Dutra.

Segundo Gilberto, ele tinha começado a trabalhar e desceu o viaduto para fazer a limpeza da área, quando encontrou Alisson caído no chão.

“Eu estava trabalhando, desci para limpar embaixo da ponte e na hora que desci eu já vi o corpo caído lá. Acionei a firma onde trabalho e eles chamaram a polícia e o corpo de bombeiros”, disse.

Ainda segundo o coletor, ele ficou assustado e nervoso com a situação. Gilberto disse que não sabia quem era a vítima quando a encontrou e só ficou sabendo das buscas pelo dentista quando a família e a polícia foram até o local.

“Não sabia que estavam procurando ele, nem quem era. Depois que a família chegou fiquei sabendo que ele estava desaparecido há dias”, contou.

7. Qual foi o motivo da morte?
A Polícia Civil informou que o dentista morreu após sofrer uma queda de uma altura de sete metros na Dutra, em Taubaté.

De acordo com a polícia, o jovem estava embriagado quando desapareceu. A suspeita é que ele tenha caminhado até o viaduto e caído acidentalmente ou tentado pular de uma ponte para a outra, um vão muito grande.

O delegado que investiga o caso, Marcelo Paes, explicou o corpo não apresentava sinais de violência e a morte foi mesmo decorrente da queda. Ele ainda estava com o celular, relógio e carteira.

8. O que ainda falta saber?
Ainda segundo o delegado, a Polícia Civil agora vai reconstruir o passado e analisar os laudos periciais para concluir a causa da morte e entender o caminho que Allison fez do momento que deixou o carro da namorada até o viaduto.

A polícia também pediu à Justiça a quebra do sigilo telefônico da vítima, de mensagens de celular e histórico de acessos na internet.

adminn

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